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sexta-feira, 22 de julho de 2011

A Lenda de Brunilde e Siegfried




Siegfried era o Hércules da mitologia germânica.


Além de ser um super-homem, um semideus, possuía uma espada magica e invencível chamada Balmung. Sobre tudo isso, era o respeitado possuidor do tesouro dos Nibelungen (Nibelungos) povo de anões mágicos das montanhas que guardavam as minas e os tesouros enterrados. E ao vencer os Nibelungen, Siegfried apossou-se também do barrete encantado do duende Fafner, o qual dava a seu possuidor a faculdade de se tornar invisível.


Bem longe dali, além do vasto oceano, reinava no rico país da neve uma solitária rainha guerreira chamada Brunhilde. Sua extraordinária beleza já havia atraído para o reino diversos pretendentes reais. Mas a orgulhosa Brunhilde tinha decidido que só aceitaria ser esposa do homem que a vencesse num duelo a espada. E como tudo indicava não haver no mundo homem capaz de vencê-la, todos os seus pretendentes pagaram com a vida a ambição de desposá-la.


No fundo do coração, porém, Brunhilde desejava encontrar um guerreiro capaz de derrotá-la. E no sonho ela havia visto um homem poderoso, que um dia haveria de vir desafiá-la. De certa forma ela esperava ansiosamente esse dia.
Gunther, o ruivo rei dos burgúndios, era um dos pretendentes à mão de Brunhilde ainda vivos. Apesar de ser forte e bom guerreiro, sabia que normalmente não teria condições de enfrentar Brunhilde. Aconteceu, porém, que ele soube da existência de Siegfried, o conquistador do tesouro dos Nibelungen e possuidor da espada Balmung, o único homem no mundo capaz de vencer a indomável rainha do país da neve.


Chamado ao palácio real, Siegfried conheceu a loura Kriemhilde, irmã do rei, e por ela se apaixonou, pedindo-a em casamento. O rei, então, entrou com seu jogo: concederia a mão de sua irmã a Siegfried, desde que este o ajudasse a vencer a rainha Brunhilde. O herói concordou.


Tempos depois, o rei Gunther e sua comitiva, acompanhados de Siegfried, chegavam à Islândia, o país da neve, onde reinava Brunhilde.


Chegando a caravana ao palácio real, Siegfried adiantou-se e declarou à rainha Brunhilde o objetivo daquela visita: Gunther, o rei dos burgúndios, estava ali para pedi-la em casamento. Brunhilde reconheceu imediatamente em Siegfried o homem com quem sonhara e ficou decepcionada ao saber que o seu pretendente era outro. Mesmo assim, aceitou o desafio de Gunther e, pouco depois, mais formosa do que nunca, apareceu vestindo trajes guerreiros e armada de escudo e espada.


Diante da silenciosa e preocupada multidão de espectadores, teve início o duelo. Em pouco tempo, a superioridade de Brunhilde foi-se impondo.


Vendo que Gunther seria derrotado, Siegfried resolveu intervir. Tornando-se invisível ao colocar na cabeça o barrete mágico arrebatado do anão Fafner, foi ajudar Gunther. Então, de repente, os reis dos burgúndios adquiriu força e habilidade descomunais. Embora parecesse que era Gunther quem vibrava a espada, na verdade era Siegfried. E a orgulhosa Brunhilde teve de se confessar vencida, caindo aos pés de Gunther.


Assim, Brunhilde abandonou sua Islândia da neve eterna e foi ser a rainha de um outro reino, menos frio e mais aprazível, a terra dos burgúndios, aonde foi recebida com grandes festas e entusiasmo popular. Às margens do Reno foram celebradas com pompa as núpcias de Brunhilde e Gunther, ao mesmo tempo que as de Kriemhilde e Siegfried.





Brunilde

 Era uma das Valquírias, na mitologia germano-escandinava. O seu nome (Brunhild) significa "cota de malha de guerra", podendo também ser denominada Sigdrifa. Segundo a denominada Canção do Nibelungo ouNibelungenlied era a rainha da Islândia e vivia na fortaleza de Isenstein. O seu castelo estava rodeado de fogo e Sigurd salva-a, jurando-lhe amor eterno e dando-lhe um anel como testemunho.
Siegfried, sob efeito de um feitiço de Cremilde (princesa borgonhesa) que o fez esquecer o seu amor por Brunilde e casar-se com Cremilde, enganou Brunilde para que ela casasse com o rei da Borgonha, chamado Gunther. Quando Brunilde descobre que o seu amado Siegfried contribuiu para o seu casamento com o monarca, sentiu-se despeitada e conspirou com o seu cunhado Hagen para o matar. Este cravou-lhe a espada no ombro, único sítio que permaneceu vulnerável depois de Siegfried se ter banhado no sangue de um dragão que matou. No entanto, quando Brunilde o viu morto na pira, encheu-se de remorsos e cravou um punhal no coração. As duas piras funerárias foram então lançadas à água ao mesmo tempo, ficando os dois amantes juntos no Helheim, ou Inferno, para onde iam aqueles que não tinham morrido no campo de batalha.
O Nibelungenlied, poema épico medieval germânico, foi adaptado por Richard Wagner na ópera Der Ring des Nibelungen (O Anel dos Nibelungos).
É Wagner que pela primeira vez torna Brunilde numa Valquíria, filha do deus Odin e guardiã do Valhalla.
Há diversas versões da lenda de Brunilde, entre as quais osThidrekssaga (Saga de Thidrek) e os Völsungasaga (Saga dos Völsung).
Aparece também como a filha dotada de poderes sobrenaturais do rei Buthli e irmã de Bekkhild e de Átila, o Huno.
Nas variantes alemãs da história é Cremilde a protagonista e nas nórdicas é Brunilde.

Siegfried



É uma das personagens centrais da Saga dos Nibelungos ouNibelungenlied, conjunto de variadíssimas histórias que se entrelaçam e giram à volta de dois temas principais: a morte de Siegfried e a vingança de Cremilde ou Grimhild.

A figura de Siegfried foi por vezes considerada uma continuação da de Balder, sendo o episódio da sua morte baseada numa canção de gesta franco-borgonhesa dos séculos V e VI que relatava o casamento de um príncipe merovíngio com uma princesa da casa real da Borgonha.

É na Canção dos Nibelungos, passada para o papel em alemão cerca de 1200, que se encontram as primeiras menções escritas a Siegfried, assim como numa versão alemã de 1260 relacionada com a Saga de Thidrek e nos Velhos Edda de 1270 (vd. Mitologia Germânica e Nórdica).

A primeira versão da história de Siegfried conta que este é um príncipe franco desterrado da Baixa Renânia que chega à Borgonha, à corte dos príncipes Godomar, Gunther e Giselher, ganhando o favor destes com feitos heroicos. Tornam-se assim irmãos de sangue e oferecem-lhe a irmã Cremilde em casamento. Gunther vai com Siegfried e os seus irmãos ao castelo de Brunilde, para a pedir em casamento. Ela tinha feito voto de se casar apenas com o mais forte dos homens, e pensa que é Siegfried quem a quer desposar. Fica portanto admirada quando se apercebe que é Gunther o pretendente, e aceita casar com ele porque entretanto este tinha pedido a Siegfried que tomasse a sua forma para superar as provas, uma vez que ele não se sentia capaz. Siegfried põe entre ele e Brunilde uma espada na noite de núpcias, enquanto não chega Gunther.

Siegfried dá a Cremilde o anel que Brunilde lhe tinha dado, e quando as duas tiveram uma discussão no Reno, anos mais tarde, Cremilde mostrou-o a Brunilde. Esta sentiu-se ultrajada e culpa Siegfried do seu casamento falso com Gunther. Conspira então com um irmão do marido, Hagen (ou Högni) que não tinha participado no juramento de sangue e estava assim livre para matar Siegfried, desonrando os Borgonheses. Brunilde ri-se às gargalhadas quando ouve os gritos que Cremilde deu ao saber da morte do marido. Brunilde trespassa-se com uma espada para se juntar a Siegfried.

Esta versão é muito parecida à da Velha Canção de Sigurd, nos Edda.Apareceram entretanto outras versões que unificaram a história e forneceram características como por exemplo as do local da morte de Siegfried (no leito de núpcias ou no bosque).

Na Saga de Thidrek, influenciada pelos Völsungasaga, é combatendo com Brunilde que consegue que ela passe várias noites com ele, e não ultrapassando provas de força. Este estratagema provoca a vergonha de Brunilde e a censura de Cremilde e dos Borgonheses quando foi conhecido. A rivalidade entre as duas rainhas leva Brunilde a depositar o cadáver de Siegfried na cama de Cremilde.

Nos Völsungasaga ou Saga dos Völsunga, Siegfried já se tinha comprometido com Brunilde depois de a salvar de um anel de fogo e lhe dar um anel como testemunho do seu amor, tendo casado com Cremilde porque esqueceu Brunilde sob efeito de uma poção dada na corte da Borgonha.

Só no século XIX se começa a dar um tratamento dramático à história deste herói e a interligá-la com o Nibelungenlied.


http://ik12.vilabol.uol.com.br/conteudo/conto/historias/lenda_siegfried.htm
http://www.infopedia.pt/$siegfried
http://www.infopedia.pt/$brunilde,2
Sieglinde/Sigmund x Brünhilde/Siegfried
confissoes-a-waltraud-meier.blogspot.com
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filhadasagradadeusa.blogspot.com
metalberserk.blogspot.com

2 comentários:

Unknown disse...

Meu nome é Cremilde, hà tempos tenho pesquisado sobre os contos e histórias lidas e ouvidas por meu pai que o inspiraram a nomear-me. Conhecia a Canção dos Nebulengos e fiquei interessada nas versões apresentadas neste blogue. Gostaria de ter acesso a essas versões na ìntegra. Como consigo na lingua Potuguesa?

Unknown disse...

Pesquisei sobre esta lenda por curiosidade após assistir Django Livre. Vejo que são versões bem diferente da contada no filme, mas gostei. Ótima lenda para contar em ao redor de uma fogueira ao nascer de uma noite fria.